quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A Terceira Idade – Nogueira da Regedoura

Não sei muito bem e se será por essa razão que os Filósofos chegaram á conclusão que os Inteligentes vivem sempre cheios de dúvidas. Se o amontoar de dúvidas é indicativo de inteligência, então eu apraz-me registar que sou mesmo inteligente, já que são tantas as dúvidas com que constantemente me deparo. Durante o último ano várias vezes me interroguei se algum tivesse de estar nesse grupo, o que faria para me manter activo pois são tantos os comentários e debates com os ditos entendidos ou estudiosos sobre esta matéria que até quem andar descuidado pode concluir que são tamanhas as dificuldades que o melhor mesmo é nunca integrar o grupo. Mas como diz o ditado quem as diz fica aliviado. Quem as ouve é que nem por isso. Muitas vezes é uma forma de bater no Velhinho e ganhar um dinheirito, por mim penso que é uma gravação gasta sem inovação permanente. Ou pelo melhor na maioria das vezes é um discurso gasto .Quem nasceu em 23e Janeiro de 1943 como eu, seguramente que este ano de 2008 tem direito a uma pensão que segundo eles é de Velhice. Dizia a minha querida avô Mãe Chica que velhos são os trapos. Esta Senhora muitas poucas vezes se enganava, tamanha era a sua experiência que adquirir na universidade da vida que os seus de exemploseram praticamente testamentos. Quando me aproximava dos 65, um belo dia juntei dois amigos meus em Sebolido com mais idade e perguntei-lhes o que era a vida quando chegados a esta idade, um respondeu-me que era uma vista triste, porque ao ser reformado se perdia a alegria de ter de acordar todos os dias e sentir a responsabilidade do Trabalho. O outro que até tinha sido moço de servir em casa de um moleiro, respondeu-me que se tornava numa vida demasiada ocupada e temos tanto que fazer e deu como exemplo: que já tinha dado dois tiros de caçadeira á mais de um ano e ainda não tinha tido tempo vago para limpar a arma. Gravei estes dois exemplos. Atingi os 65 em Janeiro deixei de trabalhar em Maio e a partir daí tenho tido tanto que fazer e uma vida tão ocupada que ainda não tive tempo de mudar o balde da Ferramenta de Ferrageiro que um amigo meu me trouxe e que se encontra precisamente no mesmo local onde ele o deixou. Sinceramente espero vir a fazer um esforço para ver se ainda este ano consigo arranjar algum tempo para o guardar. Nos muitos contactos que mantenho regularmente conheço gente que já há vários anos chegaram a esta idade e que ainda mantêm uma actividade extra trabalho não remunerado com um desempenho total. Conheço outros que eram pessoas altamente dinâmicas e porque provavelmente a palavra Velhice lhes tenha entrado demasiado pesado e se calhar por complexos, hoje são pessoasque quase vegetam á espera que o dia D chegue, alguns chegando mesmo a desejá-lo. No relacionamento com ditos idosos não se nota qualquer discriminação, acontece até com inúmeras pessoas mesmos muito Jovens que se aproximam de nós quando temos um discurso motivador e querem saber e conhecer histórias do nosso tempo. Mas tudo muda de figura, quando e principalmente quem trabalha na Construção Civil ramo que conheço e que a partir dos 50 a palavra que mais repetidas vezes se ouve é a de que se anda a tirar o lugar a outra pessoa. Em consciência sabe que não, mas quem as ouve não fica indiferente. Mais quando está provado que no mundo do trabalho ninguém tira o lugar aninguém porque para os que querem mesmo trabalhar há sempre aqui ou ali, para os que buscam emprego as coisas tornam.-se mais complicadas. Só que o trabalho fáz-se. E a Esmola dá-se.Infelismente por vezes não são as coisas assim entendidas e o que mais custa a quem trabalha a partir dessa idade, não é fazer o trabalho mas sim a qualquer coisa que se peça para fazer ouvir ele é um velho que já devia estar na reforma há muito tempo. Nãsosenti esse trauma. até porque era superior a esse tipo de comentários e sempre defendi que no meu caso qse lá chegasseprocurareia no limite de idade aceitar a reforma e parar queandoainda se tem muito para dar. A retirada no tgempo certo é um acto de dignidade e responsabilidade. Hoje começo melhor a compreender porque tudo na vida é como o sal na comida e quando é demais que faz mal. Saber estar ocupado é fundamental para que nos mantenhamos medntaslmente sãos e assim a data registada no bilhete de identidade serve apenas para noreferênciar na idade e não para nos limitar a acção na vida. Saber viver um dia de cada vez torna-se cada vez mais fundamental, mas não menos importante é que se não pedimos para nascer tambemnão pessamos para morrer e se em tempo apesar de cada caso ser um caso nos vamos matrando a aprtir de determinada altura tudo devemos fazer para estarmos de bem com a vida e assim trermosum final de vida repeleto de felicidade. Se de Velho se torna a criança eu vou adorasr ser velho porque adorei zser criança e as gratas recordações que mantenho desse tempo são umcertificxado de garantia que por enquanto cá andar vou adoraarde novo voltar a ser criança. Um dia quando partir espero que seledmbrem aque fui feliz ppor ter astingido a idade de Velhice. E se o meu Pai partir aos setenta e três para não parecer mal que o S.Pedro só mande marcar a cruz a partir dos 74. Até tudo de bom para todos. Foi um desabafo real, mas que ninguem se melindre com ele por não tem como objectivo atacar quem quer que seja apenas e só foi propósitop relatar a constatação de um facto. Quando o Marinheiro for Velhinho e acabado de Morrer ainda vai abrir os olhos sómente para vos agradecer.

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