quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Junta Freguesia de Nogueira da Regedoura

Familia convive em Midões/Raiva
Só se morre quando não se está no coração de alguem

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Vida de Criança = Parte II

Cozer a Fornada:
Lembro-me perfeitamente dos dias em que se cozia a broa (Pão de Milho). Nesse dia havia sempre bolo quente, por vezes com sardinha assada no próprio bolo em que a gordura xtraída das sardinhas infiltrava-se na massa, deixando ficar nesta, um paladar excelente, comendo-se bolo quente com meia sardinha ejá se ficava satisfeito, ficando na boca aquele gosto saboroso, durante a noite, era saboreado, porque era o grande manjar dos pobres.
Na minha casa eramos sete pessoas os progenitores e cinco filhos, os ganhos eram muito escassos, prinicipalmente nos meses de inverno, uma sardinha para o Progenitor e meia sardinha para os restantes.
Ficava-se a lamber os dedos e enchia-se a barriga com mais uma fatia do tal bolo quente e a malga do caldo de couves e ás vezes feijão.
Nesse dia da cozedura, deitava-se na lareira o borralho saído do forno quente, colocando-se ali uma panela de ferro de três pernas, onde por vezes se coziam couves e batatas quando havia com uma barbatana de bacalhau ou sardinhas salgadas.
Depois de tudo bem cozido, escuava-se tudo numa escudela de madeira ou barro com muitos furos, deitando-se tudo numa grande prateira de barro vidrado e colocada em cima da mesa da cozinha, sem toalha, porque não havia, garfos de ferro, por vezes bastante negros, almotolia do azeite da terra fabricado ou extraído da azeitona, no engenho da Quinta de Santa Cruz ou na Quinta da Moira.
Depois da ceia a mãe de joelhos com os filhos à sua volta em cima do soalho de madeira ao Senhor seu Deus por tudo quanto lhe tinha sido dado nesse dia, rezando o terço, sem que ninguém arreda-se pé.
Depois disto enquanto a fogueira continua a dar calor, os mais velhos metiam a meada nos braços e desenrolavam-na para depois outros a enfiarem na agulha, enquanto o progenitor continuava a fazer rede.
Esses meus tempos de criança foram passados com enormes dificuldades, mas de felicidade plena.
Dificuldades, porque nos meses de Inverno não havia a sacra de pesca, nem dos campitos, nem mesmo o ordenado pelo trabalho de barqueiro adventicio do meu progenitros nos rabões de transporte de carvão de Germunde para o Porto.
Foram tempos dificeis mas alegres, não haviam guloseimas para ninguém, dos dois anos em diante, a papinha dos mais pequenos, era o muado ou restolho do caldo e para que houvesse muado deitavam-se no caldo quando este fervia, algumas côdeas de broa sêca e muitas vezes com bolor, trazidas pela minha prima barrota que deficiente andava a pedir. As coisas melhoravam um bocadito em épocas de fruta já que eramos hábeis a roubar a fruta dos outros.
Tarde tive calçado novo, até ai usei alpercatas de pano e sola de borracha com uns cordéis amarrados e socas de madeira com uma tira de lona ou cabedal.
Esta era a vida quotidiana das crianças do meu tempo, passava-se fome e frio, não se exigia, cumpria-se porque pedir a quem não tem é a mesma coisa é a mesma coisa que querer dar e não ter, como infelizmente era a praxe nesse tempo.
O Inverno:
Na quadra de inverno, tiritava-se de frio, o que nos valia era a lenha que na quadra de Verão se ia buscar aos montados da região, tendo sempre muita sorte porque parte dos proprietários não se zangavam de lhes tirar a lenha das suas propriedades. Eramos metidos na cama cedo, camas de ferro e com colchão de lona, cheio de palhga e centeio, com uma abertura a meio a fim de a mexer, tirarou meter mais palha onde se metiam dois ou três em cada cama, cobertois com mantas de tiras e lá se dormia sossegadamente tranquilos da vda, por vezes a ser incomodado pelos persevejos.
Conclusões:
Foi esta a vida da grande maioria das crianças do meu tempo, que hoje a nossa juventude não acredita nesta realidade, mas não me envergonho por isso porque era a vivência daquele tempo. Certas crianças hoje talvez não possam dar o valor à vida de quem ainda hoje é pobre, porque desconhecem na totalidade o que é ser pobre do antigamente. Por aqi, poderei afirmar categóricamente que os mais pobresda nossa terra actualmente, são muito mais reicos do que os ricos do meu tempo. Tempo de muita miséria e de muita penúria, mas tempo de muita amizade e de muita consideração uns para com os outros, o que hoje não encontramos mesmo com grandes conhecimentos e formações académicas. Porque hoje falta muita coisa ao ser humano, amizade, fraternidade, clareza, caridade, abnegação e o mais im poortante, a solidariede entre pessoas já que ainda haveria muito a dizer. mas ficará para outra oportunidade.
Com a devida vênia: este trabalho foi adaptado de um desenvolvido pelo saudoso Ario Soares um Rimauense, que infelizmente já não está entre nós no "Jornal a ""VOZ""

Vida de Criança= Parte 1

Memórias da minha Juventude: Parte =1
Reporto-me ao adágio popular "Quem tem vagar faz colheres", também não é menos verdade que escrever é um vício, mas quase que uma mordidela que raramente cicatriza.
Escrevemos, porque gostamos de escrever, mas também o fazemos, na convicção de que aquilo que escrevemos alguém lerá e daí tirará ilações. Escrevemos ainda porque enquanto e durante o tempo que o fazemos, por vezes voltamos a viver essa realidade. Sentindo as mesmas sensações, apesar de em tempos diferentes.
Tempos de criança
Com certa saudade, recordo-me dos meus tempos de criança.
Nunca poderei esquecer, as dificuldades acrescidas que me foram impostas pelos miúdos/as de Cancelos , tendo eu os meus quatro anos de idade e que não aceitaram a minha integração, só pelo pecado mortal que eu tnha ao vir viver definitivamente para o lugar de Cancelos.
Num àpice, passei de menino querido a indesejável, pois para eles uma coisa era eu estar amiúdadas vezes a particpar nas suas brinaceiras por vir a casa dos meus avós paternos, outra a ousadia de para cá ter vindo definitivamente.
Certamente porque na casa em que vim habitar, tinha aí nascido um Miúdo de nome António Pires, e como tal juntamente com os avós, passaria definitivamente a viver em Sebolido, um pouco mais acima.
Deste miúdo que com apenas um ano e pouco de vida, caíu pela ribanceira abaixo e por sorte ficou preso numa árvore, a qual o terá se livrado de morrer afogado.
O Tono Pires, não era melhor nem pior do que eu, veio a ser um traquina como todos nós, só que tinha nascido em Cancelos, e no entender deles, se calhar, eu não tinha o direito de vir habitar a casa onde ele tinha nascido, mas que meus pais tinham comprado.
A aceitação e reintegração, foi deveras penosa, mas com o tempo veio a ser plena.
Recordações:-
Ao recordar-me das brincadeiras de criança e das aventuras, quando mim mãe me obrigava a tomar conta dos meus irmão mais novos, mas tenho de me penitenciar, porque raramente cumpria essas ordem, pois o chamamento dos outros miúdos falavam mais alto eeram determinantes para o incomprimento.
Certo que o castigo era certo, mas de que valia se comecei a ficar tão malhadiço, que dia em que isso não acontecesse, levava-me a pensar estavam zangados comigo, e que me ignoravam, confesso que em dia que por incomprimentos não me castigassem, sentia ser um dia triste e diferente, dos tais dias em que falta sempre qualquer coisa de que estamosà espera.
Nesse tempo qualquer criançaa não podia brincar de manhã à noite, ois tinham que se ocupar das tarefas do dia a dia da casa, ou seja transportar a àgua necessária ao copnsumo da casa, transportada em canecos de madeira, limpar a casa, ajudando a fazer camas e a esvaziar os bacios qe se chamavam penicos e ir todos os dias todos os dias ao monte buscar lenha, para depois cozinhar e nos aquecer. Era como a formiga, amealhar de verão para gastar de inverno, só que a escassês de lenha era tal que só se arranjaria a grandes distâncias e como tal pouca se podia trazer, o que obrigava que em pleno inverno tivessemos de andar a acarretar lenha verde e a queimá-la directamente.
Morava no recanto do tapado do Coelho, ficava a mais de mil metros onde nos juntavamos todos, para dali partir para as mais variadas bricadeiras, por vezes bastante bruscas, tal era a intensidade com que as viviamos.
Fosse a jogar ao pião a nicar,as guerras de bolas de lodo, ou os barquinhos à vela, feitos de papel, casca de pinheiro, ou um de pausito ou tábuazita qualquer, enfim tudo servia para brincar havia que dar graças em cada momento à nossa imaginação, normalmente ainda acrescidas das corridas obrigatórias organizadas pelo Mudo, em que o primeiro e único prémio, era sempre uma cavilha velha, que depois de exibida pelo vencedor, lhe a tinhamos que devolver novamente, para que houvesse prémio no dia seguinte.

Clube Lusitanos = Fase Crucial da Minha Vida = Parte I e II

Período Crucial da Minha Vida
Foi bom. Foi muito bom. Foi Maravilhoso
Foram seguramente, quatro anos marcantes.
Ao dizer-se que se trata de um Clube criado num café, situado no Caramulo em Nogueira da Regedoura, pressupõe tratar-se de um grupo de copos, que apenas se refugia em dar uns pontapés à bola e arranjarem um alibi para dar coberutra a desacatos constantes ou provocações.
Erro Crasso!.....
Foi criado por um grupo de Jovens, que não se reviam na politíca do Clube da Terra, que optaram por irem buscar jogadores de fora, e os da casa poucas ou nenhumas oportunidades lhe eram dadas.
Havia ainda o Centro de Trabalhadores de Pousadela, mas não funcionava, ou estava fundido num único com o Relampago Nogueirense.
Também e ainda ,porque o Futebol de Salão (hoje futsal) estava em voga, e causava frenesin, com a criação deste clube a rapaziada, pode estar presente e participar em vários Torneios, o que aconteceu, com participações em Espinho, S. Paio de Oleiros e Fiães etc. para lá dos inúmeros jogos amigáveis de futebol de onze.
No período que cá cheguei, e fui convidado para Director, o Clube mantinha uma actividade regular.
Queria o Senhor Presidente Carlos Silva (Tijela) recandidar-se, mas segundo ele até desejava fazê-lo, mas necessitava de arranjar algunas tropas activas e capazes de dar outra dinamica ao clube.
Aceitei o desafio e fiquei deveras agradado com tal convite, pois ainda não havia muito tempo que tinha saído de uns dos meus maiores tormentos. Tinha deixado de beber. Este convite vinha mesmo a talhe de foice.
Depois de conhecer o nome de uns tantos membros que o Carlos tinha convidado e tinham aceite, tinha poucas dúvidas que estaria reunida uma equipa para que se fizesse invoações.
Do Dito ao Feito Foi um Ápíce!....Continua
Lusitanos parte II:-
Após as eleições, começamos de imediato a trabalhar,começamos a encher um Loto todas as semanas , a aumentar o número de Associados e a procurar ptrocinadores para as duas equipas,
Assim aconteceu, semanalmente os Lotos eram cheios

sábado, 12 de dezembro de 2009


Memórias da minha Juventude

O meu Lar:

Mesmo que a chuva e o frio, não sejam impeditivos para saír de casa, o acender da lareira e o poder recostar-me no conforto da minha cozinha, apreciando o pinheiro e outros enfeites natalícios, vêm-me à memória gradas recordações dos Natais da minha infância e juventude e com essas recordações e felicidade, leva-me hoje a continuar seguir fielmente o legado deixado pelos meus pais.

Tal como eles, uns três dias antes a patroa começa a meter de molho as "postalhaças" do grosso bacalhau, sempre comprado por mim, e as mergulha num grande bidão, com àgua abundante e a muda várias vezes.

A dispensa é abastecida com reforços de farinha, ovos e açucar, que aguardam pelas rabanadas e aletria.

Perservo um ritual que vem do tempo dos meus visavós, conservando esta ceia bacalhoeira no dia 24 .

Continua com a roupa-velha, ao almoço do dia 25, para à noite continuar com as postas do Bacalhau assado na brasa, bem regado com azeite novo vindo directamente do engenho.

Este Natal tradicional representa para mim uma quadra de plena felicidade, contrastando com a tristeza que sentia, quando na Briosa tinha de me sujeitar a outros usos e costumes tradicionais de outras localidades.

É este o meu Natal, mas respeito o dos outros. Fala a sabedoria popular. Cada Terra com seu Uso, cada Roca com seu Fuso.

A todos desejo: UM FELIZ NATAL

Aspirações!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Centro de Trabalho do P.C.P.Nogueira da Regedoura

Não terem dado o devido apoio a este Centro de Trabalho foi um erro crasso

O sectarismo de uns tantos e o comodismo de outros, para que a freguesia de cada um fosse a mais forte, levou a que este centro de trabalho, nunca tivesse tido o apoio devido. Tendo tido o apoio incondicional da Distrital pouco tempo durou a mobilização para a realização de eventos e reuniões. Mesmo suportando todas as despesas, ainda se manteve aberto cerca de dois anos. Foram feitos dois mil autocolantes iguais ao da foto.

Romagem ao Doutor Prata = Julho de 1974 = Povo homenageia o seu Mártir

- O local foi pequeno para albergar o mar de gente que o homenageou. A Juventude de Nogueira cobriu o local com rancas de Japoneira.
Foi uma sentida homenagem, as lágrimas foram constantes em todos os presentes

A minha fotografia

Revejo-me na atitudeA forma de vestir é a fotocópia do nosso interior sentimental

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Junta de Fregueia de Nogueira da Regedoura- Presidente Centro Social S. Cristovão

Uma ída ao lugar de Pombal para lhe dar a conhecer onde está a ser implantada a nova ponte no Douro Fiquei a saber que tinhamos uma paixão comum, o gosto pela fotografia
No Barco "O Marinheiro" no Rio Douro em Cancelos

No cais da Lingueta dos Pescadores Marinheiros, apontando para a placa, mas ela fugiu, seguramente aparecerá em outro local


Finalmente!..... concretizou-se
Leva mais de 20 anos que o Amigo Maia me dizia sempre que queria visitar as minhas terras Midões aquela onde nasci, e Cancelos a que cresci.
Sempre que ele me dizia isso eu o convidava, resposta, depois vamos e depois vamos, lá se foram passando todos estes anos. Finalmente chegou o dia "D". Lá
Foi um dia maravilhoso e merece ser descrito, tal foi a intensidade com que foi vivido.
Combinada estava a partida do Cntro Social, logo aqui começaram a discórdia, ou a viagem seria no meu bolinhas e o Mercedes ficava em Nogueira, ou então ficaria sem efeito.
Não fazia sentido que um convidado fosse a conduzir, o que logo comprometeria a apreciar os locais, não que eu tenha nada contra os Mercedes, fosse ele um Jaguari, verdade que não gosto de conduzir carros de outros.
Não foi difícil chegar-mos a um consenso, o Amaro Francisco que também estava convidado, desempatou, e lá seguimos viagem rumo a Sebolido/Penafiel.

Presidentes de Junta Pós 25 de Abril 1974

Pós 25 de Abril contam-se por 3 os Prsidentes de Junta eleitos democráticamente.
1º- Poucos se lembrarão que foi o Senhor José Resende o primeiro a ser eleito, num período conturbado, onde a educação politíca na nossa terra era quase zero, ele teve a coragem de assumir esse desafio. Por vontade própria, apenas esteve um mandato, pois isso no tempo trouxe-lhe alguns problemas. A obra que realizou, mesmo não sendo de grande monta, é louvável, dadas as condições adversas. O José cumpriu e não foi por falta de empenho que mais não fez. Tal como nós, apesar também de ser Migrante, adora esta terra que há muitos anos optou como sua.
2º= Presidente
Durante dezasseis anos esteve à frente dos destinos da nossa Freguesia, quer se concorde ou não, foi sempre um homem empenhadissimo em desenvolver a terra onde nasceu e na qualviveu durante muitíssimos anos da sua vida, só se temçpo ausentado no período em que foi emigrante na Venezuela.
Pouco havia, as Freguesia era uma das mais subdesenvolvidas do Concelho, no seu pé entre pé, lá foi criando umm pouco mais que muitas das oiutras do Concelho e a colocou em pé de igualdade com a grande maioria.
Não fez tudo o que podia, ou devia fazer, porque isso ninguém faz. Mas deixou uma obra assinalável.
Deixou de ser Presidente, não porque o desejasse, mas sim porque o povo com a sua arma o voto, decidiu dar a Presidência àquele que já tinha concorrido por duas vezes e não tinha sido eleito.
Louvável a sua atitude, não desertou e dedicou-se de alma e coração à criação e Edificação
do Centro Social S. Cristovão, uma obra notável e que se encontra em total funcionamento. Uma bandeira da nossa Freguesia, que serve as nossas gentes.

3º= Foi eleito o Henrique Ferreira, actual Presidente e que está a cumprir o seu terceiro mandato, deu continuidade ao seu sucessor, e a vontade e persistência é a arma que mais se lhe reconhece. Henrique Ferreira, também ele um Migrante, tem sabido com total empenho dignificar a nossa Localidade e hoje podemos ombrear com todas as outras. Temos uma terra atraente, onde dá vontade viver.
Obs
Nesta análise e o que expresso, é a constatação de uma realidade, nunca fui e nunca serei um fiel servidor da graixa e dizer sim por dizer sim. O que define a minha personalidade é dizer sempre a verdade em conformidade daquilo que penso.