quarta-feira, 18 de novembro de 2009

S.Paio de Oleiros – Recordações do Valdemar Marinheiro

Por falta de tempo tenho vindo a adiar falar desta Freguesia que foi durante longos anos o meu ponto de encontro. Durante muitos e bons anos fui tendo a sorte de conhecer e me tornar amigo de homens e mulheres com um H e M muito grande. Desses inúmeros amigos alguns já partiram, mas estejam onde estiveram irão ficar contentes por me ver a escrever e a perpetuar as suas memórias, se bem que elas já perduram e irão continuar na mente de muita gente. Dos que já partiram de entre muitos vou referir dois que serão referências a todos os outros. Começarei por recordar o meu grande amigo e camarada Fielzinho as inúmeras conversas e a lealdade que mantinha e a fidelidade aos seus ideais tornaram-no imortal. Tinha um pequeno defeito, que era o de ser portista, mas está desculpado porque ninguém é completo e ele podia-o ser bastava ser Sportinguista. (Brincadeira como lhe costumava dizer quando ele me falava do Pinto da Costa a sua grande Paixão Clubista). Fiquei imensamente satisfeito e penso que todos que com ele tinham convivido, quando o Doutor Anthero Monteiro cumpriu o que lhe tinha prometido e o imortalizou com a publicação do livro de Poemas. O Amigo Fielzinho pela simplicidade, humildade e lealdade merecia-o como amigo dos dois obrigado amigo Anthero pelo exemplar trabalho com que fomos brindados. Outro vulto invulgar e que lhe cabe perfeitamente os atributos do Amigo Fielzinho foi o nosso Amigo e no meu caso Camarada Cunha. Este grande homem que não exitouem momento algum apostar e correr todos os riscos em defesa das suas convicções, e nem o Presidio no antigo Regime Salazarista o desviaram de continuar durante toda a sua longa vida que viveu ter defendido as classes oprimidas e marginalizadas das quais ele era oriundo. è convicção minha que por tudo o que ele fez em prol das gentes de Santa Maria da Feira e mais concretamente na Terrade S.Paio de Oleiros já merecia que o Executivo Oleirense e que peca por tardar em lhe fazer uma referência com justeza pública para que o seu busto e personalidade sirva como exemplo de homem integro que viveu nesta Vila e a adoptou como sua. Tive e tenho a honra a este homem nascido em Alenquer e apesar de ser Ateu ser meu Compadre, padrinho da minha filha CatarinaEufémia e de o ter acompanhado durante muitos anos em lides partidárias, já que comungava-mos dos mesmos ideais e muito para lá do Político sermos amigos pessoais. Tenho ainda uma enorme dívida de gratidão para com esta Vila, pois foi aqui que durante anos e quando estive mergulhado na dependência alcoólica ter sido aceite e desculpabilizado muitas vezes. Hoje continuo assiduamente nesta Vila porque desempenho na Associação de Alcoólicos Recuperados Sediada nas instalações do Antigo Hospital a missão de Monitor como Doente Alcoólico Tratado e com 22 anos de abstinência, as ligações que mantive com a Biblioteca e mantenho com a Tuna da qual sou Associado de há muitos anos a esta parte espelham o meu afecto a esta simpática e hospitaleiras terra de gentes humildes e acolhedoras. São inúmeras as histórias e ligações que tive e tenho, mas irei segundo espero as desenvolver em outra oportunidade, por mim a todos um bem hajam e contem com a minha receptividade eafectividade.

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