quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pensei pedi e fui atendido

Pensei e idealizei,como seria a vida, após a reforma. Não foi dificíl concluír que teria e deveria ser uma vida diferente. Não chegava a experiência adquirida ao longo dos 65 anos altura em que poucos lá chegam a trabalhar activamente
Pensava eu que teria imenso tempo para me deslocar em dias de Verão até à Praia, pois poderia escolher de entre várias, já que vivo em Nogueira da Regedoura, a poucos quilómetros de Espinho . Quando me encontra-se no Douro, deliciar-me nas àguas do Rio Douro.
Durante todos estes anos fui armazenando experiências, como quem sabia que depois de aposentado teria tempo para não as deixar morrer comigo, no faço hoje, faço amanhã. Foram sempre sido adiadas.
Finalmente a aposentação veio, mas os banhos nas àguas salgadas e doces, essas vão esperando, e vão esperando porque por incrível que pareça o tempo de reforma não nos dá o tempço disponivel de que precisamos. Um exemplo é que com o tempo todo ocupado, ainda não dispus de tempo livre para arrumar o meubalde de ferramenta, onde passados uns dias de ter sido aposentado me o trouxe da obra, onde ainda hoje se encontra.
Certo que optei por outras frentes, como por exemplo na Colectividade onde já era Dirtector, imprimindo-lhe outra dinâmica, escrever nos Blogues que entretanto criei.
Blogues.
Tem sido para mim uma experiência muito enriquecedora, onde adquiri amizades, aprendi a partilhar mais, e sinto alegria pelo convívio que transmite e a ajuda mútua, mesmo nos problemas pessoais, entre aqueles que nos tornamos amigos, mesmo que anteriormente não nos tivessemos conhecido.
Atrevo-me mesmo a dizer que os blogues e os e-mails são brinquedos preciosos para a terceira-idade.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Dr. Ferreira Soares!

Sendo do conhecimento público que o Executivo da Vila de Nogueira da Regedoura vai e quanto a mim muito bem segundo a minha convicção perpetuar um vulto impar da nossa freguesia sendo também uma referência digna e rara a nivel nacional e mesmo mundial, um exemplo de dignidade. Foi um cérrimo defensor das suas convicções, mesmo sabendo que pagaria com a própria vida. Pois ele sabia como ninguem que nem aos Pides nem ao Estado Novo lhes interessava só e apenas a sua prisão. Convencido Salazar que o seu abate fisíco, enterraria em definitivo os ideais porque lutava. Esta linha de pensamento de Salaszar veio mais tarde a afirmá-lo em relacção aos Movimentos de Libertação quando abateram Eduardi Mondlane, Presidente da
Este vulto é:-
Doutor António Carlos de Carvalho Ferreira Soares
(Dr. Prata "O Médico do Povo")
Nasceu em Fevereiro de 1903 em Viana do Castelo, figura querida no imaginário das gentes da Beira Litoral, por acidente minhoto, ligar-se-ía desde a infância ao fascinio da região da Ria de Aveiro, comungando com ela os segredos e esconderijos entre matos e juncais, exercitando as artes da paciente pesca á linha e montando armadilhas aos pardais.
O curso de medicina afastá-lo-ía desta existência rústica que tão querida lhe era e iria moldar para sempre toda uma personalidade.
Cativado por uma cultura humanística revelada, nas páginas da Seara Nova.
Neste meio intelectual dos Seareiros ganhou pouco a pouco a consciência social que ele próprio denúnciou.
Dedicado ao trabalho clínico. Dava dinheiro aos pobres que o consultavam para que comprassem os medicamentos que lhes receitava. Não porque acreditasse na caridade . Mas porque a justiça tardava. E ele tinha pressa da vida. De cada um e de todos.
Escreveu coisas lindas que lhe iam no coração , porque a razão lhas ditava, em linguados de papel pardo. Foram lidos a gente que de letras nada sabia. No Atneu de Nogueira da Regedoura.
Ele e o povo de Nogueira e de largos arredores, faziamcoro na Romaria da Senhora da Saúde. Ele com a sua viola Ramaldeira a cantar a Rosa Tirana. E com um cravo seu companheiro atrás da orelha.
Escreveu coisas lindas como estas: Não tomo as coisas ao trágico; aceito-as de ânimo predisposto e berm disposto, como o fruto natural dos tempos correntes.
Cerca de seuis anos viveu escondido entredd o povo, que o agasalhava e avisava dos mnímos movimentos de estranhos na áreda. Mas foi classificado pelo médico legionário "Ser o intelectual mais perigoso do Norte.
E é assim que, na manhã de 4 de Julho de 1942, é aramada a Ferreira Soares uma diabólica cilada, na figura de uma falsa doente que lhe apresenta, acompanhada de um homem, no consultório que mantinha em sua casa aqui em Nogueira da Regedoura.
E cerca das onze horas da manhã é assassinado com catorze balas de pistola metralhadora desfechadas à queima roupa. Vilmente assassinado o médico, etnógrafo, contista e critico, ergue-se como justo exemplo de sacrificios e luta, de despojamento e dignidade.
RUMEI À ESQUERDA... PARA MAIS PERTO DO POSSIVEL CONVÍVIO E ORGANIZAÇÃO DAS MASSAS POPULARES. (Carta a Camara Reys, Setembro de 1936)
Perpetuar a sua memória e dar a conhecer o seu exemplo é um dever que fica cumprido pelas gentes da nossa freguesia e de todos aqueles que se indignam contra todo este tipo de atrocidade. s dois q gd0LJspan> Anthero pelo exemplar trabalho com que fomos brindados. Outro vulto invulgar e que lhe cabe perfeitamente os atributos do Amigo Fielzinho foi o nosso Amigo e no meu caso Camarada Cunha. Este grande homem que não exitouem momento algum apostar e correr todos os riscos em defesa das suas convicções, e nem o Presidio no antigo Regime Salazarista o desviaram de continuar durante toda a sua longa vida que viveu ter defendido as classes oprimidas e marginalizadas das quais ele era oriundo. è convicção minha que por tudo o que ele fez em prol das gentes de Santa Maria da Feira e mais concretamente na Terrade S.Paio de Oleiros já merecia que o Executivo Oleirense e que peca por tardar em lhe fazer uma referência com justeza pública para que o seu busto e personalidade sirva como exemplo de homem integro que viveu nesta Vila e a adoptou como sua. Tive e tenho a honra a este homem nascido em Alenquer e apesar de ser Ateu ser meu Compadre, padrinho da minha filha CatarinaEufémia e de o ter acompanhado durante muitos anos em lides partidárias, já que comungava-mos dos mesmos ideais e muito para lá do Político sermos amigos pessoais. Tenho ainda uma enorme dívida de gratidão para com esta Vila, pois foi aqui que durante anos e quando estive mergulhado na dependência alcoólica ter sido aceite e desculpabilizado muitas vezes. Hoje continuo assiduamente nesta Vila porque desempenho na Associação de Alcoólicos Recuperados Sediada nas instalações do Antigo Hospital a missão de Monitor como Doente Alcoólico Tratado e com 22 anos de abstinência, as ligações que mantive com a Biblioteca e mantenho com a Tuna da qual sou Associado de há muitos anos a esta parte espelham o meu afecto a esta simpática e hospitaleiras terra de gentes humildes e acolhedoras. São inúmeras as histórias e ligações que tive e tenho, mas irei segundo espero as desenvolver em outra oportunidade, por mim a todos um bem hajam e contem com a minha receptividade eafectividade.

A Terceira Idade – Nogueira da Regedoura

Não sei muito bem e se será por essa razão que os Filósofos chegaram á conclusão que os Inteligentes vivem sempre cheios de dúvidas. Se o amontoar de dúvidas é indicativo de inteligência, então eu apraz-me registar que sou mesmo inteligente, já que são tantas as dúvidas com que constantemente me deparo. Durante o último ano várias vezes me interroguei se algum tivesse de estar nesse grupo, o que faria para me manter activo pois são tantos os comentários e debates com os ditos entendidos ou estudiosos sobre esta matéria que até quem andar descuidado pode concluir que são tamanhas as dificuldades que o melhor mesmo é nunca integrar o grupo. Mas como diz o ditado quem as diz fica aliviado. Quem as ouve é que nem por isso. Muitas vezes é uma forma de bater no Velhinho e ganhar um dinheirito, por mim penso que é uma gravação gasta sem inovação permanente. Ou pelo melhor na maioria das vezes é um discurso gasto .Quem nasceu em 23e Janeiro de 1943 como eu, seguramente que este ano de 2008 tem direito a uma pensão que segundo eles é de Velhice. Dizia a minha querida avô Mãe Chica que velhos são os trapos. Esta Senhora muitas poucas vezes se enganava, tamanha era a sua experiência que adquirir na universidade da vida que os seus de exemploseram praticamente testamentos. Quando me aproximava dos 65, um belo dia juntei dois amigos meus em Sebolido com mais idade e perguntei-lhes o que era a vida quando chegados a esta idade, um respondeu-me que era uma vista triste, porque ao ser reformado se perdia a alegria de ter de acordar todos os dias e sentir a responsabilidade do Trabalho. O outro que até tinha sido moço de servir em casa de um moleiro, respondeu-me que se tornava numa vida demasiada ocupada e temos tanto que fazer e deu como exemplo: que já tinha dado dois tiros de caçadeira á mais de um ano e ainda não tinha tido tempo vago para limpar a arma. Gravei estes dois exemplos. Atingi os 65 em Janeiro deixei de trabalhar em Maio e a partir daí tenho tido tanto que fazer e uma vida tão ocupada que ainda não tive tempo de mudar o balde da Ferramenta de Ferrageiro que um amigo meu me trouxe e que se encontra precisamente no mesmo local onde ele o deixou. Sinceramente espero vir a fazer um esforço para ver se ainda este ano consigo arranjar algum tempo para o guardar. Nos muitos contactos que mantenho regularmente conheço gente que já há vários anos chegaram a esta idade e que ainda mantêm uma actividade extra trabalho não remunerado com um desempenho total. Conheço outros que eram pessoas altamente dinâmicas e porque provavelmente a palavra Velhice lhes tenha entrado demasiado pesado e se calhar por complexos, hoje são pessoasque quase vegetam á espera que o dia D chegue, alguns chegando mesmo a desejá-lo. No relacionamento com ditos idosos não se nota qualquer discriminação, acontece até com inúmeras pessoas mesmos muito Jovens que se aproximam de nós quando temos um discurso motivador e querem saber e conhecer histórias do nosso tempo. Mas tudo muda de figura, quando e principalmente quem trabalha na Construção Civil ramo que conheço e que a partir dos 50 a palavra que mais repetidas vezes se ouve é a de que se anda a tirar o lugar a outra pessoa. Em consciência sabe que não, mas quem as ouve não fica indiferente. Mais quando está provado que no mundo do trabalho ninguém tira o lugar aninguém porque para os que querem mesmo trabalhar há sempre aqui ou ali, para os que buscam emprego as coisas tornam.-se mais complicadas. Só que o trabalho fáz-se. E a Esmola dá-se.Infelismente por vezes não são as coisas assim entendidas e o que mais custa a quem trabalha a partir dessa idade, não é fazer o trabalho mas sim a qualquer coisa que se peça para fazer ouvir ele é um velho que já devia estar na reforma há muito tempo. Nãsosenti esse trauma. até porque era superior a esse tipo de comentários e sempre defendi que no meu caso qse lá chegasseprocurareia no limite de idade aceitar a reforma e parar queandoainda se tem muito para dar. A retirada no tgempo certo é um acto de dignidade e responsabilidade. Hoje começo melhor a compreender porque tudo na vida é como o sal na comida e quando é demais que faz mal. Saber estar ocupado é fundamental para que nos mantenhamos medntaslmente sãos e assim a data registada no bilhete de identidade serve apenas para noreferênciar na idade e não para nos limitar a acção na vida. Saber viver um dia de cada vez torna-se cada vez mais fundamental, mas não menos importante é que se não pedimos para nascer tambemnão pessamos para morrer e se em tempo apesar de cada caso ser um caso nos vamos matrando a aprtir de determinada altura tudo devemos fazer para estarmos de bem com a vida e assim trermosum final de vida repeleto de felicidade. Se de Velho se torna a criança eu vou adorasr ser velho porque adorei zser criança e as gratas recordações que mantenho desse tempo são umcertificxado de garantia que por enquanto cá andar vou adoraarde novo voltar a ser criança. Um dia quando partir espero que seledmbrem aque fui feliz ppor ter astingido a idade de Velhice. E se o meu Pai partir aos setenta e três para não parecer mal que o S.Pedro só mande marcar a cruz a partir dos 74. Até tudo de bom para todos. Foi um desabafo real, mas que ninguem se melindre com ele por não tem como objectivo atacar quem quer que seja apenas e só foi propósitop relatar a constatação de um facto. Quando o Marinheiro for Velhinho e acabado de Morrer ainda vai abrir os olhos sómente para vos agradecer.

S.Paio de Oleiros – Recordações do Valdemar Marinheiro

Por falta de tempo tenho vindo a adiar falar desta Freguesia que foi durante longos anos o meu ponto de encontro. Durante muitos e bons anos fui tendo a sorte de conhecer e me tornar amigo de homens e mulheres com um H e M muito grande. Desses inúmeros amigos alguns já partiram, mas estejam onde estiveram irão ficar contentes por me ver a escrever e a perpetuar as suas memórias, se bem que elas já perduram e irão continuar na mente de muita gente. Dos que já partiram de entre muitos vou referir dois que serão referências a todos os outros. Começarei por recordar o meu grande amigo e camarada Fielzinho as inúmeras conversas e a lealdade que mantinha e a fidelidade aos seus ideais tornaram-no imortal. Tinha um pequeno defeito, que era o de ser portista, mas está desculpado porque ninguém é completo e ele podia-o ser bastava ser Sportinguista. (Brincadeira como lhe costumava dizer quando ele me falava do Pinto da Costa a sua grande Paixão Clubista). Fiquei imensamente satisfeito e penso que todos que com ele tinham convivido, quando o Doutor Anthero Monteiro cumpriu o que lhe tinha prometido e o imortalizou com a publicação do livro de Poemas. O Amigo Fielzinho pela simplicidade, humildade e lealdade merecia-o como amigo dos dois obrigado amigo Anthero pelo exemplar trabalho com que fomos brindados. Outro vulto invulgar e que lhe cabe perfeitamente os atributos do Amigo Fielzinho foi o nosso Amigo e no meu caso Camarada Cunha. Este grande homem que não exitouem momento algum apostar e correr todos os riscos em defesa das suas convicções, e nem o Presidio no antigo Regime Salazarista o desviaram de continuar durante toda a sua longa vida que viveu ter defendido as classes oprimidas e marginalizadas das quais ele era oriundo. è convicção minha que por tudo o que ele fez em prol das gentes de Santa Maria da Feira e mais concretamente na Terrade S.Paio de Oleiros já merecia que o Executivo Oleirense e que peca por tardar em lhe fazer uma referência com justeza pública para que o seu busto e personalidade sirva como exemplo de homem integro que viveu nesta Vila e a adoptou como sua. Tive e tenho a honra a este homem nascido em Alenquer e apesar de ser Ateu ser meu Compadre, padrinho da minha filha CatarinaEufémia e de o ter acompanhado durante muitos anos em lides partidárias, já que comungava-mos dos mesmos ideais e muito para lá do Político sermos amigos pessoais. Tenho ainda uma enorme dívida de gratidão para com esta Vila, pois foi aqui que durante anos e quando estive mergulhado na dependência alcoólica ter sido aceite e desculpabilizado muitas vezes. Hoje continuo assiduamente nesta Vila porque desempenho na Associação de Alcoólicos Recuperados Sediada nas instalações do Antigo Hospital a missão de Monitor como Doente Alcoólico Tratado e com 22 anos de abstinência, as ligações que mantive com a Biblioteca e mantenho com a Tuna da qual sou Associado de há muitos anos a esta parte espelham o meu afecto a esta simpática e hospitaleiras terra de gentes humildes e acolhedoras. São inúmeras as histórias e ligações que tive e tenho, mas irei segundo espero as desenvolver em outra oportunidade, por mim a todos um bem hajam e contem com a minha receptividade eafectividade.

sábado, 14 de novembro de 2009

Lendas do Rio Douro!

As ondas do Rio Douro a correr
Vêm cantando baixinho
Passam nas margens de leve a bater
Com amor e com carinho

Barcos rebelos passando a vogar
Com as velas remendadas
Lendas antigas nos fazem lembrar
Contos de reis e de fadas

Refrão:
Conta lenda que o nobre moiro
À noitinha ia namorar
Com as ninfas do rio Douro ao luar

As águas levam segredos pró mar
Das moças namoradeiras
Porque nas margens os ouvem cantar
Às bonitas lavadeiras

Dizem que quando aparece um luar
Em noites de lua cheia
As ninfas do rio Douro a cantar
Dançam o vira na areia

(Cancioneiro popular português)