Três semanas no areio Dórts
Molhados a Tremer mas a Cantar
Do Pescado Vinha o Pão
Para a Todos nos sustentar
Subindo o Rio até ao Carneiro
Pelas Fragas Traiçoeiras
Várias Vezes durante a Noite
Para levantar as Cabaceiras
Foram anos muitos Anos
No Remesal Pescando com Aranhô
Herança Que foi Pertença
Do Meu Pai e meu Avô
Guardo no meu coraação a única vez que o meu avô Jaquim me bateu andava a pescar no Areio Dórts há três semanas as cabanas eram feitas de feitos chamisssas Favecas e outras, chovia lá dentro como cá fora ainda não tinham chegado as botas de água a barriga das pernas sangrava ao vivo eram dores horriveis, o meu avô vivia connosco, abeirou-se de mim deu-me quatro bofetadas e tornou-me por resposta levas porque mereces, não sei a quem sais não vales merda nenhuma. Tinha eu nove anos de idade. Foram como quem deitou água ao lume. Obrigado avô foi a mais bela lição que tive até hoje e muito provávelmente dependeu dessa aula o amor que tenho ao meu/teu Rio, ao meu Mar e há minha segunda Mãe a Marinha. Estejas onde estiveres como forma de homenagear a tua memória vou juntar a tua foto que é de quem sempre um fiel e valente pescador. O Teu apego ao rio está que quando tremias com o frio e te perguntavam, respondias: qual frio qual quê isto são nervos. São destes homens que se fazem os verdadeiros os pescadores apaixonados e Marinheiros. Já aagora avô pica uma, pica duas e pica até sete, edstou a falar daquelas sete lampreias naquela noite no Areio de Midões. Como verdadeiro pescadores terias de ser tam bem mais um Guerguenteiro.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário