quarta-feira, 19 de maio de 2010

Junta de Freguesia de Nogueira da Regedoura= Deus a Cristo. DOMINGO HÁ CICLISMO 23/5/2010

1ª Corrida Cicloturismo

                      Manos Joaquim   e  Fernando Carvalho

Académico do Porto nos anos de 1958



Joaquim Carvalho Frente do pelotão numa etapa daVolta a Portugal
Integrado na Seleção Nacional na Volta Pontevedra em  1954 com a devida Vênia fotografia do Jornal a Bola de 28/8/1954.


É já no próximo Domingo dia q23 de Maio, que a Associação de Cicloturismo de Nogueira da regedoura vai promover a primeira corrida, aproveitando o evento para homenagear os Ciclistas de Nogueira da regedoura durante muitos anos participaram na Volta a Portugal em Bicicleta, felizmente ainda a tempo de todos eles se encontrarem vivos.
Informação aos Jovens.
Os mais jóvens pouco ou nada sabem destes homens de barba rija que em condições quase desumanas percorreram o país em cima de bicicletas que o primeiro ainda nem mudanças existiam.
Pioneiro Joaquim Carvalho.
O nosso Ti Jaquim Carvalho, a quem um dia uma traiçoeira doênça, se lembrou cobardemente de lhe retirar a possibilidade de continuar a pedalar no grupo ciclista de Veteranos. Já leva alguns anos se lembrou de o retirar de cima destas lides ciclistas. Mas felizmdente a sua memória, continua invejável.
  Homem que nunca abusou nem do álcool nem do Tabaco, mas que mesmo assim ficou imobilzado numa parte do seu corpo, que jamais  lhe permitiu  que voltasse a montar a sua bicicleta, que era uma das maiores paixões da sua vida.

Mesmo depois de trinta anos sem pedalar, lá voltou o bichinho
Ciclismo de Outrora, uma Paixão que Perdura

Joaquim Carvalho " O Pioneiro do Ciclismo em Nogueira"
Tem sido para mim uma enorme honra e durante muitos anos ter mantido uma conversa constante com :- Joaquim Carvalho, o Pioneiro.
Quando sua Mãe decidiu ofertar um fato a cada filho, e pediu para que em vez do fato lhe desse umas calças Golfe, uma camisola e uma bicicleta.
Bicicleta que pesava 22 quilos e sem mudanças.
Trabalhava a trolha onde hoje onde fica hoje o Banco Português do Atlântico na Rua Sá da Bandeira no Porto.
Foi desafiado a fazer uma corrida integrado na equipa do Boavista, Porto Penafiel /Porto.
Conseguiu que o Zé Pardal ciclista de Grijó lhe desse um quadro de uma Bicicleta de corrida, fez a adaptação e caso ganhasse a corrida teria direi a um carreto e mudanças, mas a subir a Serra de Baltar, em roda Livre teve de ficar para trás. Mesmo assim terminou a corrida em quarto.
A Partir de 1949 ingressou no Académico do Porto e foi seu Timoneiro, orientando nomes sonantes como Ribeiro da Silva, Serafim Ferreira e Alberto Carvalho.
Participa na Selecção Nacional na Volta a Pontevedra em 1954 e três Voltas a Espanha.
Portugal 50 Anos de Ciclismo 1956 - 2006
Seu nome consta no Livro de Portugal 50 Anos de Ciclismo 1956- 2006
Cujo Titulo é:-
“Fica sempre para outra vez…..
Alberto de Carvalho apareceu na Volta a Portugal em Bicicleta com uma face imberbe de criança assustada. Soletrava mal a letra de imprensa diária, que transferira o magno acontecimento para a severidade das suas primeiras páginas - ignorava, simpaticamente tudo o que gravitava no Mundo e só tinha olhos rápidos para o seu treinador, Pinto Valongo, o sorridente, e para o mano mais velho, Joaquim de seu graça baptismal, que fora chefe de fila e, depois, ponta - de - lança do Ribeiro da Silva, vedeta do Académico.
A Volta, para o Alberto, como para muitas dezenas de ciclistas, era a fuga à enxada, à jorna mal paga de sol a sol – a conquista de uma liberdade com cama, mesa e roupa lavada.
Joaquim Veterano pelado e sabido, repuxava a atenção toda para o mais novo rebento familiar – não fosse a malta da estrada, mais arteira que peralvilha, apertar o miúdo com manhas e patranhas ou artimanhas – que são as formas mais vulgares de se conseguir graus, vencer etapas ganhar prémios na volta a Portugal em Bicicleta.
Homem prudente e avisado por um sem número de provas ciclistas, Joaquim era a sombra constante do Alberto. Quando este afrouxava a pedalada logo o Irmão mais velho aparecia com a palavra seca e precisa, a extrair dos músculos do outro novas reservas de energia.
Quando Alberto, deslumbrado com os aplausos dos caminhos se preparava para fugas isoladas logo o irmão aparecia, a recomendar prudência, a dar ao outro o que lhe faltava de tacto e de esclarecimento e lhe sobrava de juventude e de poder de arranque.
A fávula do cego e do coxo voltava a repetir-se. Joaquim já perdera capacidade de se emocionar: via tudo objectivamente como homem de grandes planos. Alberto era um grande e ainda sem freio e sem montada.
Uma tarde, quando a Volta tranquila de exaustão, rolava pelo caminho da Charneca Alentejana que terminava na meta de Portalegre.
Joaquim disse ao Alberto :- É agora! Foge! Vais sozinho, porque já não tenho pernas para te acompanhar.
Piscou o olho ao mano novo e deu-lhe o último recado :- Olha por ti.
Ante a perplexidade do pelotão, Alberto arrancou – com a comoção dos grandes momentos.
Pedalou, pedalou, pedalou horas a fio, sozinho na planície.
Faltou-lhe a comida. Faltou-lhe a água. Faltou-lhe, sobretudo, a palavra precisa do Irmão mais velho :- E ninguém apareceu na planície a dar-lhe o púcaro de água ou a berrar-lhe a alegria de um reencontro. A pele dos músculos das pernas estalou com o Sol. Os lábios gretaram, até ao sangue. Horas . Outras horas sobre outras horas. Foi quando, a dez quilómetros de Portalegre, vindo, sabe-se lá de onde, apareceu no meio da estrada, um homem da terra com um pote de água =
- Atira gritou Alberto.
O homem hesitou, segundos apenas. Atirou a água, que se destinava a refrescar o campeão solitário. Errou o cálculo: nem uma gota caiu sobre o Alberto, que não afrouxara a marcha, para não falhar o seu primeiro triunfo.
Transcrevo com a devida vênia.
No Pelotão Pedro Polainas inconformado queria atacar para tentar ganhar ali na sua terra Natal, mas a vós de comando de Joaquim Carvalho a quem este já tinha pedido auxilio várias vezes fez com que o Polainas não tivesse qualquer tipo de ensaio.

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