Amigo como sabes hoje é Domingo está um dia invernoso, como tal convidativo a estar por casa e de vez em quando dar uma espreitadela pela janela e alegrar-me por ver a chuva a cai´r no teu leito e assim as tuas águas se tornarem mais limpidas. bom é concerteza foi fácil notares a minha presença, apesar de ter as Janelas fechadas para não entrar a chuva, foi quando comecei a desfolhar vários exemplares da Revista o Mensário do Pessoal das Minas do Pejão "O PEJÃO", foi maravilhoso passados todos estes anos relembrar coisas que vivi e que algumas já contam mais de cinquenta. Tive mesmo a oportunidade de rever coisas e pessoas que fizeram parte do meu e teu dia a dia. Seria cometer uma tremenda injustiça da minha parte se escondesse não ter tido por vezes uma enorme triteza quaqndo via pessoas , barcos, areais e outras coisas mais que já desapareceram. Mas a v ida é mesmo assim e por muito que nos custe temos de nos capacitar que umas são motivadas pela incapoacidade do ser humano, outras a lei da própria natuireza. Mas realisticamente tenho de confessar porque sou um Puto das Crivas que fui para lá com 14 anos que tive assim a oportunidade de conhecer imensdos homens das Freguesias circunvizinhas, Raiva, Pedorido Rio Mau, Melres, Canelas, Casterlo de Paiva , Cinfães do Douro e tantos e tantos outros que no dia de hoje recordar toda esta gente e que apesar do trabalho árduo e das condições arriscadas que se trabalhava, eramos uma famiçlia em que havia uma franca e sá Camaradagem. Parti mas levei comigo a saudade e durante todos estes anos primo por manter bem presente a grata recordação desses tempos. Sendo verdade aquilo que contta um dos exemplares quando um Jovem se dirige aos Escritórios e lhe perguntam se ele sabe jogar á bola ou se é músico, ele responde que não. Então é-lhe dito que a melhor forma para ele é arranjar trabalho noutroi local, porque na Empresa quem não fosde músico ou jogador de bola ti nha ppoucas hoipótese de singrar. Verdade que eram bastante priviligiadfos, mas quem fosse inteligente tinha a sua hipótese e em comparação com o ytrasbalho e tratamento que até aos dias de hgoje se utiliza em outras Empresas, a forma como eramos tratrados dignamenmte ainda hoje leva muitos anos de avanço. Eramos tratados como seres humanos e isso tinha uma valor acrescentado. Tambem de rato das Crivas passei a Toupeira e lá me ,mantive como tal um ano e pico, até que que parti para a Armada.
Amigo Rio uma história que me impressionou e que não rsisti em a transcrever pela importância e actualidade qued ainda mantem nos dias de hoje e vou fazedr chegar este transcrito há Associação de Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira e Outras Associacões como da Beira, da Madeira ou Tratados da Maia.
O Alcoolismo de "O Mineiro Sebastião"
Com as caras ainda mascarradas de carvão,um grupo de mineiros encontrava-se no refeitório das minas, quando se ouviu uma sonora gargalhada e um deles a chamar a atênção dos companheiros para o Sebastião, veterano conhecido por todosx como excelente camarada que era o mais excelente bebedor de álcool.
Os outros mineirosriram tambem a bandeiras despregadas. E havia de quê na verdade, pois o Sebastião estava a beber leite!
Passados uns bons momentos de sonora hilariedade em que só o Sebastião não se riu, os camaradas deste assediaram-no com perguntas e dichotes, não compreendendo o que se passava com o seu companheirode trabalho e de tabernas, mal que saíam ao fim da tarde, das profundidades da mina e afloravamá luz do Sol. O costume era saírem do escuro da mina para entrarem no negroi antro de uma taberna,dedpois noutra e mais noutra, até que, da última saíam cambaleantes e aturdidos para entrarem então em suas casas. E isto só porque mais tabernas não encontravam no caminho!
Os mineiros que se sentiram ofendidos com o facto do seu colegas, em vez de vi nho ou qualquer bebida bem alcoolizada, estivesse bebendo leite! Era uma espécie de de afronta aos seus hábitos, há maneira de ser daqueles homens rudes e sem crença, além da, errada crença é claro, que só o álcool dá energia, e, como eles precisavam de forças para o seu pesado mister, vá de beber sem conta nem medida, transformando em álcool o que deveria ser pão, para elesw e seus filhos.
E de tal modo assediaram com perguntas o veterano Sebastião, que este lhes disse;
- Parem lá com esses dichotes, que eu estou bebendo leite e continuarei a fazê-lo, mesmo que vocês se riam até estoirarem e vou dizer-vos a razão.
Há semanas, a minha velha (a velha é a minha mulher) adoeceu e acamou. Os meus catraios (filhos pequenos na gíria do Sebastião) ficaram çpor lá abandonados, famintos e sujos. A casa era um horror de poorcaria, pois a minha Filomena não se podia mexer. E ela, coitada, sem gter quem a tratasse, ia de mal a pior. Eu indiferente continuava a emborracar-me como vocês, gastando a "massa" que ganhava, e como o vinho me faz sempre quezilento, quando chegava a casa e a catraiada me pedia pão, espancava-os e, ás vezes até à velha, quando esta da cama, me conjurava a não bater nos filhos.
E as coisas assim andaram, até que um dia, ao chegar ao pardieiro, julguei-me mais borracho do que nunca, pois vi panelas fervendo ao lume, os filhos limpos , a casa varrida e ropupas num,a corda a secarem. Até a velhota parecia melhor, os olhos muito brilhantes, sossegada, sem os gemidfos de dor a que já me tinha habituado,
Ainda estava mudo de espanto, quando vejo um asenhora ainda bastante nova, com um amplo avental branco cobrindo-a de alto a baixo, que me dedu as boas noites muito afávelmente, acredscentando:
Queira sentar-se, Sr. Sebastião , que dentro de dois minutos vou servir-lhe o jantar e aos pequenos,
Ora, se eu já estava mudo de espanto ao ver o arranjo em que a min ha espelunca se encontrva, mais mudo fiquei quando vi aquela fidalga a dizer que me ia servir o jantar e aos miudos. sSim, vocês já imaginaram a cara dum homem nun caso destes!
Eu já não estava habituado a comer à noite em casa, mas sentei-me. A fidalga estendeu uma toalha muito branca, pôs uma colheres e uns garfitos na medsa e trouxe uma panela de suculento caldo. Serviu-nos a todos e comemos com farto apetite, de modo que a fidalga tornou a encher as malgas e todos voltaram a cvomer com a mesma satisafação.
Eu via a alegria estampada nazs caras dos garotos e mais contentes ficaram quando a dama , que só depois percebi que nera uma freira, trouxe do lume um tachoa com conduto, cujo cheiro só por si já fazias crescer água na boca. Escusado, será dizer-se que teve ainda maior sucesso do que o valdo...
Mas nao é tudo. Eu andava com uma tosse horrivel, que parecia querer-me rebentar o peito. Pois a fidalga no fim do jantar, deu-me lá uma droguyita que trazia dentro de uma maleta e eu passei uma noite sossegado, quase sem tosse. A «patroa» tambem dormiu, de modo que acordei bem disposto como nunca. No ougtro dia repetiu-sed a cena mas desta vez já entrei em casa com o casquete na mão e dei as boas noites à freirinha, que respondeu com os bons modos que sempre usava. Nesse dia só tinha bebido dois ou três co+pitos, mas estava com medo horrivel da senhora dar pelo cheiro. Mas como dentro da mina a tosse me voltara a senhora disse-me:
Senhor Sebastião, desculpe-me por favor, mas enquanto beber, essa medpo.lha tosse não deixará de o atormentar. Julgo que o senhor precisava era tomar .leite em vez de álcool.
Rapazes, ao ouvir isto apesar do respeito que eu sentia por aquela mulher, deu-me vontade de lhe torcer o pescosço, mas logo ela, parecendo adivinhar o meu pensamento, acrescentou muito docemente:
Amanhã o Dr. fulano , que ytem vindo ver a sua mulher, virá à hora da sua chegada da mina e consultá-lo-á também. Vai ver, se seguir os conselhos do doutor, que melhora rápidamente e sentirá novas forças.
E foi por estas razão que abandonei a vossa companhiaao sair da mina e que vos não tenho acom+panhado ás tabernas. Logo no dia seguinte ao desta conversa saí mais cedo e corri para casa, sem beber um único trago. Para dizer a verdae ía até envergon hado comigo mesmo pela minha fuga, por aquilo que se me afigurava uma fraqueza e uma traição aos amigos, mas a verdae é que não queria cheirar a álcool, nem ao doutor nem à freirinha.
A casa , cçlaro estava um mimo, a minha Filomena já sentadinha numa cadeira, com a catraiada, muito sossegada ,à volta dela e a «fidalga» a cuidar da ceia poara a «malta».
Daí a pouco chegou o médico, mandou-se sair a garotada e então auscultou a patroa, mostrou~se muito contente e perorou:Graças a Ddeus e aos cuidados desta santa que a tem tratado com tanto carinho a suamulher esdtá salva. Mais uns dias e tudo ficará em ordem. E agora vamos ver como anda esse fisíco, sr. Serbastião. Tirei o casaco , desabotoei a camisa e o médico fez-me uma auscultação muito muito minuciosa. Nem foi preeciso mandar-me tossir, porquanto tossir tossia eu e muito. Aquilo já nemera tosse: eram uivos como os lobois nos montes. Depois palpou-me o figado e os intestinos e sentenciou:
-Se o sr. quer criar a sua pequenada, terá de deixar-se do álcool. A mortew espreita-o ded çpedrto, mas o sr. Sebastião pode ainda durfar muitos anos e com saúde, se quiser. Lá «boa construção» tem, isso stem, mas de nada lhe valerá se a sua ali,mentação continuar tendo por base o álcool. Precisa ded beber só água ou leite.
- Levantei-me de um salto e berrei: a água e leite? E como hei-de eu trabalhar, não me dirá? A freira ao ouvir-me veio muito solicíta ed com aqaudela docde mansidão que eu já lhe conhecia, disse-me:
Sr. Sebastião, por favor, oiça o sr. doutor. Este ainda não acabou de falar e certamente lhe vai prescrever uma alimentação sadia, sim, mas que lhe perimita trabalhar, para poder sustentar o ranchinho de filhos que Deus lhe confiou. E voltando-se ppara o Doutor, a boa freira acrescentou:
-Efectivamednte, não quero que deixe de se alimentar, pçretendo sómente que poare com o álcool.Sentia-me arrazado e estava a pontos de um novo grito de revolta, quando a minha Filomena, também mjuito meigamente, falou:
Promete sim, senhor doutor, o meu Sebastião é muito bom e amigo dos filhos; só faz disparates quando bebe com os camaradas da mina, mas ele promete, ele promete. A freirinha então acrescentou:
Eu vou rezar ao Senhor para que lhe dê coragem para resistir ás más tentações e Deus há-de ouvir-me, não em atenção à minha humilde pessoa, mass a estas criancinhas. Ao jantar já não provedi álcool, tomei uma tisana que a santa freirinha me preparou e passei outra noite relativamente sossegado.
No outro dia comecei a medicar-me seguindo as prescrições do doutor e aqui estou.
Forças tenho-as como nunca, mas se alguém tem dúvidas, que se levante, que eu cá estou para o atender.
Ninguem se mexeu, nem deu uma palavra, qued o Sebastião, todos sabiam, era de respeito. Hoje muito tedmpo volvido, é um dos que mais rendimedntlo tira da minade ... e a mulher a sua Filomena, como ele diz, traz a casa e os filçhos em condições de arranjo como nunca. O Sebastião hoje é um homem cheio de felicidade,bem clomo os restantes intervenientes que muito se orgulham dele.
Amigo a mim proporcionou-me um bem estar indiscritível. Passados todos estes anos este Testemunho tem tudol aquilo a que se pode ambibicionar para que quem chega com vontyade de se tratar o faça com uma certa facilidade do sucesso. Tem tudo o que de mais essencial se necessita. A determinação do Doente Sebastião que assumiu a sua determinação perante o ditos Camaradas de copos e soube exigir-lhe que o repetassem porque qaueria mudar de vida. A ajuda de uma pessoa fundamente que conseguiu a confiança do Sebastião a prova de Confiança da Esposa Filomena e port fim a total disposição de seguir escrupulosamente a medicação receitada peloMédico.
Amigo Douro permite-me esta confidência mas como Abstinente à 22 anos e Monitor da Associação de Alcoólicops Recu+perados de sanata Maria da Feira, identifico-me totalmente com este trabalho. N~ºao tive a sorte de conhecer o Sebastião, mas esteja onde estiver por ter dasdo a oportunidade de ser possível fazer este relato obrigado e descansa em paz. è ao termos conhecimentos de testemunhos com esta força que mais nos sentimos na obrigação de partilhar as nossa experiências : Ajudar para ser ajudado.
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